quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DINAMICAS E CATEQUESE

DINAMICAS PASTORALES

Dinâmicas de Grupo
As dinâmicas são instrumentos, ferramentas que estão dentro de um processo de formação e organização, que possibilitam a criação e recriação do conhecimento.

Para que serve:
- Para levantar a prática: o que pensam as pessoas, o que sentem, o que vivem e sofrem.
- Para desenvolver um caminho de teorização sobre esta prática como processo sistemático, ordenado e progressivo.
- Para retornar à prática, transformá-la, redimensioná-la.
- Para incluir novos elementos que permitem explicar e entender os processos vividos.
As técnicas participativas geram um processo de aprendizagem libertador porque permitem:
1. Desenvolver um processo coletivo de discussão e reflexão.
2. Ampliar o conhecimento individual, coletivo, enriquecendo seu potencial e conhecimento.
3. Possibilita criação, formação, transformação e conhecimento, onde os participantes são sujeitos de sua elaboração e execução.
Uma técnica por si mesma não é formativa, nem tem um caráter pedagógico. Para que uma técnica sirva como ferramenta educativa libertadora deve ser utilizada em função de temas específicos, com objetivos concretos e aplicados de acordo com os participantes com os quais esteja trabalhando.
A eleição de uma dinâmica tem que ver com os objetivos.
Objetivos: Quem vai aplicar a dinâmica deve ter claro o que se quer alcançar.
Materiais-recursos: Que ajudem na execução e na aplicação da dinâmica (TV, vídeo, som, papel, tinta, mapas…). Outros recursos que podem ser utilizados em grupos grandes são o retroprojetor, exposições dialogadas, além de técnicas de teatro, tarjetas e cartazes.
Ambiente-clima: O local deve ser preparado de acordo, para que possibilite a aplicação da dinâmica (amplo, fechado, escuro, claro, forrado, coberto…), onde as pessoas consigam entrar no que está sendo proposto.
Tempo determinado: Deve ter um tempo aproximado, com início, meio e fim.
Passos: Deve-se ter clareza dos momentos necessários, para o seu desenvolvimento, que permitam chegar ao final de maneira gradual e clara.
Número de participantes: Ajudará a ter uma previsão do material e do tempo para o desenvolvimento da dinâmica.
Perguntas e conclusões: Que permita resgatar a experiência, avaliando: o que foi visto; os sentimentos; o que aprendeu; o momento da síntese final, dos encaminhamentos, permitem atitudes avaliativas e de encaminhamentos.
Tipos de técnicas/dinâmicas
Técnica quebra gelo
- Ajuda a tirar as tensões do grupo, desinibindo as pessoas para o encontro.
- Pode ser uma brincadeira onde as pessoas se movimentam e se descontraem.
- Resgata e trabalha as experiências de criança.
- São recursos que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.
Técnica de apresentação
- Ajuda a apresentar-se uns aos outros. Possibilitando descobrir: quem sou, de onde venho, o que faço, como e onde vivo, o que gosto, sonho, sinto e penso… Sem máscaras e subterfúgios, mas com autenticidade e sem violentar a vontade das pessoas.
- Exige diálogo verdadeiro, onde partilho o que posso e quero ao novo grupo.
- São as primeiras informações da minha pessoa.
- Precisa ser desenvolvida num clima de confiança e descontração.
- O momento para a apresentação, motivação e integração. É aconselhável que sejam utilizadas dinâmicas rápidas, de curta duração.
Técnica de integração

- Permite analisar o comportamento pessoal e grupal. A partir de exercícios bem específicos, que possibilitam partilhar aspectos mais profundos das relações interpessoais do grupo.
- Trabalha a interação, comunicação, encontros e desencontros do grupo.
- Ajuda a sermos vistos pelos outros na interação grupal e como nos vemos a nós mesmos. O diálogo profundo no lugar da indiferença, discriminação, desprezo, vividos pelos participantes em suas relações.
- Os exercícios interpelam as pessoas a pensar suas atitudes e seu ser em relação.
Técnicas de animação e relaxamento
- Tem como objetivo eliminar as tensões, soltar o corpo, voltar-se para si e dar-se conta da situação em que se encontra, focalizando cansaço, ansiedade, fadigas etc. Elaborando tudo isso para um encontro mais ativo e produtivo.
- Estas técnias facilitam um encontro entre pessoas que se conhecem pouco e quando o clima grupal é muito frio e impessoal.
- Devem ser usadas quando necessitam romper o ambiente frio e impessoal ou quando se está cansado e necessita retomar uma atividade. Não para preencher algum vazio no encontro ou tempo que sobra.
Técnica de capacitação
- Deve ser usada para trabalhar com pessoas que já possuem alguma prática de animação grupal.
- Possibilita a revisão, a comunicação e a percepção do que fazem os destinatários, a realidade que os rodeia.
- Amplia a capacidade de escutar e observar.
- Facilita e clareia as atitudes dos animadores para que orientem melhor seu trabalho grupal, de forma mais clara e livre com os grupos.
- Quando é proposto o tema/conteúdo principal da atividade, devem ser utilizadas dinâmicas que facilitem a reflexão e o aprofundamento; são, geralmente, mais demoradas.
Litúrgicas
- Possibilitam aos participantes uma vivência e uma experiência da mística, do sagrado.
- Facilitam o diálogo com as leituras bíblias, com os participantes e com Deus.
- Ajudam a entrar no clima da verdadeira experiência e não somente a racionalização

A LENGUAGEM SIMBOLICA DA LITURGIA

Liturgia, percepção do misterio
Deus é todo mistério, um mistério que não é evidente, que não poder ser captado totalmente por nossa razão ou mesmo pelos nossos sentimentos e por isso não poder ser definido perfeitamente pela nossa linguagem.
A linguagem que usamos para falar do mistério e dialogar com ele na liturgia, ainda que imperfeita ou inadecuada, é a linguagem simbólica. SOMENTE POR MEIO DE SÍMBOLOS NÓS PERCEBEREMOS A REALIDADE TRASCENDENTE ( que vai muito além da nossa realidade)."O único que possui a inmortalidade, que habita uma luz inacessível, que nemhum homem viu, nem oder ver" (cf. 1Tm 6,16). Deus é sempre maior, sempre incompreendido, absolutamente transcendente a toda criação , mas, por outro lado, está presente nela, está presente no mundo,, de modo que se pode experimentar a sua presença.
Nós temos acesso a esse mistério por meio de Jesus Cristo, sacramento do Pai, sinal sensível e eficaz do trascendente. Repetindo os seus gestos e as suas palavras no celebração da ceia, tornamos presente o grande mistério da nossa fé, a vida,, paixão, morte e ressurreição de Jesus. O mistério pascal não é só mistério de Cristo, mas mistério de toda a Trindade, que se faz experimentar na liturgia. A celebração eucarística é o mistério de nossa fé expresso numa linguagem simbólica e ritual.

O símbolo não se explica ele é a epifania (del griego: επιφάνεια que significa: "manifestação; um fenômeno milagroso") de uma experiência profunda, diante da qual só resta calar.( Cf. Mc 1,10 )
A manifestação de Deus se chama Teofania.(Teofania da Sarça ardente: Ex 3,2-6)
Desta forma, toda vez que fazemos o uso dos símbolos na liturgia- e toda a liturgia é simbólica-, dizemos que fazemos o uso da linguagem simbólico. E quanto organizamos essa linguagem para melhor celebrar, temos um ritual ou rito. Ambos tem a capacidade de expressar a experiencia de fé e ajudar a comunicação e a interiorização daquilo em que acreditamos e que confessamos nas nossas celebrações.
A liturgia busca tocar os nossos sentidos, nossa corporeidade. Ela quer nos fazer experimentar o mistério e nos faz comprometidos com ele. Aproveitando-se de objetos, gestos, sons,cores, luzes e sombras, gostos, cheiros, a ação litúrgica torna presente, muito além da nossa razão, o propio Jesus Cristo, e com ele a Pai e o Espíritu Santo.
Na celebração litúrgica da missa, aliás, nós fazemos memória de Jesus, seguindo justamente o rito que ele mesmo nos ensinou.
Nao precisamos nem devemos multiplicar as palavras ou tentar explicar os símbolos que usamos em nossas celebrações. Eles devem falar por si, senão não são símbolos.